A difícil arte de perdoar

Deus não castiga e nem condena por que sabe que nossos erros fazem parte da nossa imaturidade espiritual.

Algumas pessoas se recusam a perdoar por  ter uma personalidade rígida, que não admite falhas.

Outras pela dor que sentiram ou o sofrimento que passaram também tem a dificuldade em dar seu perdão.

Perdoar não nos faz esquecer o que nos causou dor mas faz parar de doer.

Perdoar Não é dar a Cara a Tapa Novamente 

Perdoar não é dar a cara a tapa novamente para algumas pessoas que sabemos permanecer ainda na escuridão da ignorância e que se bobeamos pode vir a repetir o erro.

Mas é entender a imaturidade espiritual daquela pessoas, a cegueira da ignorância daquela pessoa. Quando percebemos isso fica mais fácil perdoar .

Algumas pessoas jamais pedem perdão por que não conseguem enxergar erros nelas próprias.

É difícil perdoar, pois o perdão é frequentemente confundido com reconciliação ou esquecimento. No entanto, ele não é nem uma coisa, nem outra. Também não é aquela indiferença ressentida de quem perdoa com ares de superioridade, como se estivesse dando mais uma chance.

O perdão é um processo, acontece quando encaramos a situação e escolhemos seguir adiante, porque perdoar é do nosso interesse, porque queremos nos libertar. 

O ressentimento é uma forma de acorrentar e perdoar de  cortar o laço, libera. Então vamos nos superar, superar nossos medos e fragilidades e tirar este fardo pesado das costas e sentir o coração mais leve.

Enquanto o ser humano estiver preso ao ódio e ao rancor, ele não será saudável. Todos nós guardamos alguma pendência ou necessidade de perdão em direção a alguém, e ainda, guardamos também o rancor. Por isso, é preciso superar e perdoar. Tenha coragem e dê esse passo.

Perdoar é esquecer?

Perdoar independe de esquecer. Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até porque não somos alienados. Temos no cérebro uma memória que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que, necessariamente, esquecer. O que é preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o perdão é superficial ou ilusório. 

Esse tipo de esquecimento é benéfico para quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e desnecessário sofrimento. Tanto isto é uma verdade que a própria ciência da psicologia diz a todo instante, atestando que o esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente psicoterapia, pois o apego à ofensa propicia ao ofendido a oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se constitui.

Perdoar é Crescer no Amor

A diferença está naquele que realmente perdoa e consegue liberta-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrar.  Daí, como diz Divaldo Pereira Franco: “Perdoar é bom para quem perdoa.”, ou seja, quem perdoa livra-se do fardo triste que carregava e quem foi perdoado nem sempre alcança a mesma graça de vez que assumiu um ônus pelo qual responderá, ainda que perdoado.

Para concluir vamos lembrar que... esquecendo ou não, se o perdão é algo muito importante para o perdoado, é ainda muito mais para aquele que tem a felicidade de conseguir perdoar, porque...

Quem perdoa já cresceu no amor... Quem humilde e sinceramente pede perdão... Caminha para o mesmo crescimento.